quinta-feira, 10 de março de 2022

Na semana da mulher, Marcelo Ramos impede a única indígena parlamentar de manifestar questão de ordem.

Imagens retiradas do canal da Câmara dos Deputados no youtube.


    No dia de ontem, dia 09 de março, quando foi realizado o Ato pela Terra em Brasília, com vários artistas e lideranças indígenas, e na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o Deputado Marcelo Ramos (PSD/AM) interrompeu a questão de ordem apresentada pela Deputada Joênia Wapichana (REDE/RR). Após muita insistência de Joênia, e com apoio de alguns de seus colegas, Ramos cedeu a questão.

    A deputada defendeu a necessidade de uma lei complementar que defina o que é interesse público da União, como regra preliminar para então se discutir uma lei que discuta mineração em terras indígenas, afirmou que mesmo que essa lei existisse não seria o objetivo da lei em votação um interesse público.

    Joênia disse que, constitucionalmente, usufruto de terras indígenas é exclusiva de seus povos, e que uma lei ordinária não pode definir uma atividade que permita a exploração de suas terras por pessoas estranhas, que esse é um processo que deve ser precedido por lei complementar - que requer quórum qualificado, com maioria dos parlamentares da casa. 

    Ela ainda defendeu que a lei jamais poderia ter sido aceita por atropelar os procedimentos formais, fere a Convenção 169 da OIT (consulta prévia, livre e informada), vai prejudicar a imagem do Brasil economicamente e vai permitir usurpar a competência do legislativo para o presidente dar caráter provisório, antes mesmo da autorização do Congresso Nacional, e que o projeto é puramente motivado por cobiça e interesses individualistas, por ouro e minérios que os povos indígenas têm protegidos há milhares de anos.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Omar e Aecio articularam urgência de pacote anticorrupção

Segundo o Estadão, Aécio Neves (PSDB/MG) foi o primeiro senador a articular urgência de votação do pacote anticorrupção, durante a tarde de quarta, dia 30. PSDB também teria prometido novo requerimento e não cumpriu.


Fonte: Senado


O Senador Omar Aziz (PSD/AM), líder de seu partido no Senado, também teria participado do acordo, assinou o requerimento de urgência, mas

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

29 mulheres não receberam nenhum voto em Manaus

Levantamento feito pela agência de dados Gênero e Numero e TV Globo mostra que 14.498 mulheres acabaram sem nenhum voto no país na eleição para vereadores em 2016, nem seus votos tiveram. O estado do Amazonas está no segundo lugar da lista de candidatas com zero votos, com 22% das mulheres que se candidataram.

Segundo dados do Uol Eleições 2016, dos 31 candidatos que não tiveram nenhum voto, 29 eram mulheres. Apenas Luciano (PPL) e Damião Ribeiro (PTdoB) são do sexo masculino.

A agremiação partidária que mais tem mulheres nesta condição é o PEN (Partido Ecológico Nacional), com 06 candidatas, seguido de PTdoB, com 04 candidatas. Outra curiosidade foi o PMB (Partido da Mulher Brasileira) o mais novo criado em 2015 teve 02 mulheres que não obtiveram nem seus próprios votos. 

FONTE: Câmara Municipal de Manaus
A Câmara Municipal de Manaus terá menos mulheres a partir de 2017, das 07 candidatas eleitas em 2012, apenas 03 conseguiram ser reeleitas e apenas uma voz nova, a advogada Joana D'arc, eleita pelo Partido da República (PR).

Exige a Lei eleitoral brasileira, desde 1997,  cota de 30%  para mulheres nos partidos e coligações, mas por divergências de interpretação não era cumprida. A lei foi alterada em 2009 e obteve em 2012 um aumento na quantidade de candidatas do gênero feminino.

Veja a seguir a lista dos partidos com o nome das mulheres que não obtiveram nenhum voto:

  • PEN (6): Maria Simões, Ellen Mendonça, Maria Simões, Erlene Ferreira, Silvana Simões Pereira, Joanilda Dias;
  • PTdoB (4): Arthemis Cristina, Damião Ribeiro, Diana Carvalho, Milena da Silva;
  • PV (4): Marcia Martins, Michele Santos, Marcia Carvalho, Katiane Feitoza;
  • PHS (3): Suely Mendes, Rebeca Hiarata, Josiane Froes;
  • PPS (3): Cleia Mendes, Priscila Souza, Eullem Nathania;
  • PDT (2): Sara Jane, Patrícia Oliveira;
  • PMB (2): Marcia Mendonça, Bruna Oliveira;
  • PRTB (2): Tais Arruda, Tayná Simpson;
  • PMN (1): Jansele Coutinho;
  • PR (1): Janaína de Oliveira;
  • PSOL (1): Margô Almeida.




quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A marca da Impessoalidade esquecida por Artur

Há uma prática constante realizada de dois em dois anos, a de utilizar a logomarca da Administração Pública Direta com fins publicitários particulares e promover o gestor, e até o partido, na hora de definir a identidade da "gestão fulano". Não falo só do prefeito Artur, já que atualmente a maioria dos municípios e estados - com raras exceções -  e muito menos a federação mostram respeito com a economia dos recursos públicos, com a história e com os administrados.

Quando Artur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto foi eleito pela primeira vez prefeito de Manaus em 1989, utilizou o brasão do Município como logomarca na prefeitura, antes de ir para o PSDB e ainda no PSB de Serafim Corrêa (o mesmo que o apoiou no segundo turno das eleições em 2012 e também utilizou o brasão em 2009).

Um ano depois, 1990, quando votava-se a LOMAN (Lei Orgânica Municipal de Manaus), foi expresso no Art. 5º o seguinte: "São símbolos do Município de Manaus a bandeira, o hino e o brasão instituídos em lei, representativos da cultura e da história de seu povo."


Brasão Municipal. Fonte: <blogdosarafa.com>


 O brasão municipal foi criado na gestão de Thamaturgo Vaz, e foi homologado por decreto-lei por Adolpho Lisboa, alguns anos após a Proclamação da República em 1889. Em suas ilustrações constam dois bergantis (barcos da época), o Encontro das Águas, a fundação definituva de Manaus, o domínio português, os primeiros fundamentos da cidade e a paz celebrada entre os índios e a metrópole, etc.

Apesar de minha esperança de que o prefeito utilizaria o brasão do Município de Manaus, tendo em vista que esse foi seu posicionamento em 1989 e que Serafim o apoiou nas eleições de 2012, a página do facebook na prefeitura divulga a logomarca sem o símbolo oficial:


Logomarca PMM 2013. Fonte: <facebook.com/prefeiturademanaus>


O primeiro mandato de prefeito do Artur acabou, o brasão foi esquecido por um período de dez anos, quando foi restaurada na gestão de Serafim Corrêa em 2004, e duas décadas depois de 1993 foi esquecida até pelo próprio Neto. Serafim inclusive fez a critica ao adiversário Amazonino Mendes em seu blog. (O Brasão não é meu, é de Manaus)

O prefeito não é bobo, já foi Senador, além de ter gerido a mesma cidade há quase vinte anos, é formado em ciências jurídicas e sabe que como administrador público, precisa obedecer aos princípios constitucionais do Art 5º, inclusive o da  Impessoalidade.

Algumas cidades do Brasil já deram exemplo, como é o caso do prefeito Roberto Cláudio de Fortaleza, que adotou apenas o brasão de seu município, garantindo o princípio da impessoalidade da coisa pública. E também em Teresina, cujo prefeito Elmano Férrer, que sancionou a lei que obriga o Brasão do município como logomarca permanete em todas as administrações. Outro foi a prefeitura de Dourados, com a lei de padronização dos veículos oficiais com o uso de brasão de armas do município. Exemplos não faltam.

Prefiro nem pensar em calcular quanto vai custar aos cofres públicos a troca dos adesivos dos carros oficiais, a pintura dos órgãos públicos, das fardas, do gasto com a elaboração da logomarca, dos carimbos, enfim. As cidades brasileiras enfrentam atualmente a escassez de recursos financeiros para gerir as necessidades quase ilimitadas, e penso que tal atitude derruba o discurso da reforma administrativa.

Cito aqui o manifesto expresso na página da prefeitura por alguns amigos como o Keyce Jhones, "O brasão da Municipalidade ou do Estado são os símbolos máximos da elegância e respeito que se pode demonstrar em uma gestão, pois ela tem um peso de cidadania para o município ou estado". Também o de Cláudio Talesman, "Esse slogan é plágio de um filme. A prefeitura vai pagar Direitos Autorais? Uma ação judicial contra a prefeitura vai acarretar em gasto de dinheiro público desnecessário. Gostaria que o dinheiro dos meus impostos fosse aplicado corretamente".

É de estranhar que retirando as cores verde e amarelo, que representam nosso Brasil, fique a cor azul nas letras Manaus, talvez seja cedo para uma suposição de projeção subliminar, jogada do mal marketing em referência ao PSDB.

Cidades não são territórios pra se tomar posse, cidades são coisas públicas e não petencem aos que elas administram pra sair implantando identidade pessoal e partidária.

Quero eu acreditar que o prefeito não marque sua segunda gestão como propagandística, ou que ele não esqueceu da marca da impessoalidade.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Ap. Renê diz que Pr. Osvaldo Nascimento "não o representa mais", por não votar em Vanessa

Quando recebi a informação eu pensei que era mentira. Mesmo sendo por alguém que é lá de dentro. Mais um episódio lamentável onde são intoleradas as posições contrárias, até mesmo políticas. Depois que analisei as imagens do perfil do Apóstolo Renê, e do Pr. Osvaldo Nascimento, ficou muito claro o que houve, as entrelinhas falam.


 Terça-feira:





Quarta-feira, 13:12 :



Ainda na quarta-feira, 18:27





Quinta, 12:21AM :















Quinta, 00:05am :














































O bom de tudo isso, é ver que o candidato que o Pr. Osvaldo apoiou, hoje está apoiando a Vanessa, candidata que ele não quis votar. Eita Deus! (rsrs)
"Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens,"
(Apóstolo Paulo - Col. 02.08)

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Marcel Alexandre altera os DEZ MANDAMENTOS DO VOTO ÉTICO

Antes de mais nada, quero dizer que também sou cristão, e inclusive pertenço a uma denominação que tem "cobertura espiritual" do MIR, a mesma igreja do Vereador Marcel, e mesmo assim, continuo com minha visão diferente dessa atual maneira de fazer política nas igrejas.


Durante a campanha pra vereador de 2008, no dia 19 de julho, o então candidato Marcel Alexandre, hoje vereador, postou no site do MIR12.COM(Clique sobre o link para ver a página), a sua versão plagiada(pois não cita fonte alguma na página publicada) e descaradamente alterada nos pontos em que a opinião dos líderes não devem ser vistas como "profecias divinas" dos DEZ MANDAMENTOS DO VOTO ÉTICO. O site nunca tinha um link destinado a política, até o dia 15/06/2008. Bastou a campanha eleitoral da época ser lançada, para o site então passar a opinar sobre tal assunto.



Então para o jogo do "despachante do MIR" dar certo, o Apóstolo Renê Terra Nova começa com o "Governo do Justo", deturpando mensagens bíblicas, e pedindo votos em pleno culto pros candidatos de sua igreja, no caso do ano de 2008, Marcel Alexandre, sendo um dos 5 mais bem votados naquela eleição. Mas falando do que interessa, vamos falar sobre os mandamentos que publicou a AEVB (Associação Evangélica Brasileira), representante de 32 denominações (Metodistas, Batistas, Presbiterinas, Luteranas, COngregacionais, etc.).
Vou postar cada tópico original em negrito do voto ético, e abaixo o texto em Itálico que o Vereador postou no site, colocando em vermelho o que ele alterou como a seguir:

EX: Os Dez mandamentos do Voto Ético - Original (Publicado pela AEVB)
       (Conselhos Para o Bom Uso do Voto Evangélico) - Alteração do Vereador/Ap. Marcel Alexandre
       *Meus comentários


I. O voto é intransferível e inegociável. Com ele o cristão expressa
sua consciência como cidadão. Por isso, o voto precisa refletir a
compreensão que o cristão tem de seu País, Estado e Município;
 
(1. O seu voto é inegociável e intransferível. Com ele, você terá a oportunidade de expressar sua consciência como cidadão. Por isso, o voto precisa refletir a compreensão 
que você, como cristão, tem de seu País, Estado e Município.)
*Até aqui, nada demais.


II. O cristão não deve violar a sua consciência política. Ele não deve
negar sua maneira de ver a realidade social, mesmo
que um líder da
igreja tente conduzir o voto da comunidade noutra direção
;

(2. O cristão deve pautar a sua consciência política nos princípios da Palavra, apesar dos contextos sociais desafiadores vividos em nossos dias. Ele deve ajustar sua maneira de ver a realidade social, pela Palavra de Deus, buscando ajuda do líder da Igreja e através do que Deus está fazendo em sua realidade e conduzir o voto naquela direção.)
*Notem a brecha que o vereador abre ao colocar "nos princípios da palavra", com o objetivo de dar margem vazia a seus argumentos na hora de reunir com seus principais líderes e igrejas que pertencem a mesma "cobertura espiritual". É muito claro a mudança do texto, sempre colocando a figura do líder como um "Moisés" na vida dos fiéis, com o intuito de dizer que Deus está falando através deles em quem devem votar.

III. Os pastores e líderes têm obrigação de orientar os fiéis sobre
como votar com ética e com discernimento. No entanto, a bem de
sua credibilidade, o pastor evitará transformar o processo de
elucidação política num projeto de manipulação e indução político-
partidário;  

(3. Os pastores e líderes têm obrigação de orientar os fiéis sobre como votar com ética, discernimento e compromisso com a Palavra de Deus. No entanto, a bem de sua credibilidade, o pastor ou o líder evitará transformar o processo de orientação política numa ação de manipulação e indução político-partidária.)
*Novamente, coloca-se a palavra de Deus no meio dessa sujeira, e insere-se a palavra orientação em substituição à manipulação.

IV. Os líderes evangélicos devem ser lúcidos e democráticos.
Portanto, melhor do que indicar em quem a comunidade deve votar é
organizar debates multipartidários, nos quais, simultânea ou
alternadamente, representantes das correntes partidárias possam ser
ouvidos sem preconceitos;  


(4. Os líderes evangélicos devem ser sábios, democráticos (porque essa é a atual maneira de fazer política) e zelosos do governo divino sobre as instituições. Portanto, devem zelar pelo processo de escolha/indicação de quem a comunidade deve votar. Dentro do possível, deve-se organizar debates multipartidários/multivisionários, nos quais, simultânea ou alternadamente, representantes das correntes partidárias/visionárias possam ser ouvidos sem preconceitos, visando obter conhecimento dos movimentos político-sociais que de certo ajudarão na decisão final dos apoios/escolhas.)
*Sem comentários.

V. A diversidade social, econômica e ideológica que caracteriza a 
igreja evangélica no Brasil impõe que não sejam conduzidos
processos de apoio a candidatos ou partidos dentro da igreja, sob
pena
de constranger os eleitores (o que é criminoso) e de dividir a
comunidade;

(5. A diversidade social, econômica e ideológica que caracteriza a igreja evangélica no Brasil impõe que sejam conduzidos processos com a devida organização, temor, respeito e sabedoria visando o apoio aos candidatos ou partidos dentro do ambiente de vida da igreja evitando o constrangimento dos eleitores (o que é criminoso) e zelando para evitar divisão (em todos os sentidos) na comunidade.)
*Aqui foi retirado o "sob pena de constranger os eleitores" e acrescentado explicitamente o "apoio a candidatos com o devido temor, respeito, e $abedoria".

VI. Nenhum cristão deve se sentir obrigado a votar em um candidato
pelo simples fato de ele se confessar cristão evangélico. Antes disso,
os evangélicos devem discernir se os candidatos ditos cristãos são
pessoas lúcidas e comprometidos com as causas de justiça e da
verdade. E mais: é fundamental que o candidato evangélico queira se
eleger para propósitos maiores do que apenas defender os interesses
imediatos de um grupo religioso ou de uma denominação evangélica.
É óbvio que a igreja tem interesses que passam também pela
dimensão político-institucional. Todavia, é mesquinho e pequeno
demais pretender eleger alguém apenas para defender interesses
restritos às causas temporais da igreja. Um político de fé evangélica
tem que ser, sobretudo, um evangélico na política e não apenas um
"despachante" de igrejas. Ao defender os direitos universais do homem, 
a democracia, o estado leigo, entre outras conquistas, o
cristão estará defendendo a Igreja. 

(6. Nenhum cristão deve sentir-se obrigado a votar em um candidato pelo simples fato de ele se confessar cristão evangélico. Antes disso, os evangélicos devem discernir se os candidatos ditos cristãos são pessoas lúcidas e comprometidas com as causas de justiça e da verdade. E mais: é fundamental que o candidato evangélico queira eleger-se para propósitos maiores do que apenas defender os interesses imediatos de um grupo religioso ou de uma denominação evangélica ou apenas ter um mandato. É óbvio que a Igreja tem interesses que passam também pela dimensão político-institucional. Todavia, é mesquinho e pequeno demais pretender eleger alguém apenas para defender interesses restritos às causas temporais de uma instituição. Um político de fé evangélica deve ser, sobretudo, um evangélico na política e não apenas um "despachante" a serviço de grupos. Ao defender os direitos universais do homem, a democracia, os princípios do Reino de Deus, entre outras conquistas, o cristão estará defendendo a Igreja.)
*Aqui foi uma das alterações mais abomináveis pra mim, pois deixa bem claro o repúdio de Marcel Alexandre ao Estado Laico, retirando o texto original "estado leigo" e acrescentando "os princípios do reino de Deus"

VII. Os fins não justificam os meios. Portanto, o eleitor cristão não
deve jamais aceitar a desculpa de que um evangélico político votou
de determinada maneira porque obteve a promessa de que, em
assim fazendo, conseguiria alguns benefícios para a igreja, sejam
rádios, concessões de TV, terrenos para templos, linhas de crédito
bancário, propriedades, tratamento especial perante a lei ou outros
"trocos", ainda que menores. Conquanto todos assumamos que nos
bastidores da política haja acordos e composições de interesse, não
se pode, entretanto, admitir que tais "acertos" impliquem na
prostituição da consciência cristã, mesmo que a "recompensa" seja,
aparentemente, muito boa para a expansão da causa evangélica.
Jesus Cristo não aceitou ganhar os "reinos deste mundo" por
quaisquer meios, Ele preferiu o caminho da cruz.  
(7. Os fins não justificam os meios. Portanto, o eleitor cristão não deve jamais aceitar a desculpa de que um evangélico político votou de determinada maneira e muito menos que ele votou em determinado político, porque obteve a promessa de que, em assim fazendo, conseguiria alguns benefícios para a igreja ou para si mesmo, quer sejam rádios, concessões de TV, terrenos para templos, linhas de crédito bancário, propriedades, tratamento especial perante a lei ou outros "trocos", ainda que menores. Conquanto todos assumam que nos bastidores da política haja acordos e composições de interesse, não se pode, entretanto, admitir que tais "acertos" impliquem na prostituição da consciência cristã, mesmo que a "recompensa" seja, aparentemente, muito boa para a expansão da causa evangélica. Jesus Cristo não aceitou ganhar os "reinos deste mundo" por quaisquer meios, Ele preferiu o caminho da cruz.)
*Este pelo menos permaneceu íntegro.

VIII. Os votos para Presidente da República e para cargos
majoritários devem, sobretudo, basear-se em programas de governo,
e no conjunto das forças partidárias por detrás de tais candidaturas
que,
no Brasil, são, em extremo, determinantes; não em função de
"boatos" do tipo:
"O candidato tal é ateu"; ou: "O fulano vai fechar as
igrejas"; ou: "O sicrano não vai dar nada para os evangélicos"; ou
ainda: "O beltrano é bom porque dará muito para os evangélicos". É
bom saber que a Constituição do país não dá a quem quer que seja o
poder de limitar a liberdade religiosa de qualquer grupo. Além disso,
é válido observar que aqueles que espalham tais boatos, quase
sempre, têm a intenção de induzir os votos dos eleitores assustados e
impressionados, na direção de um candidato com o qual estejam
comprometidos.  
(8. Os votos para Presidente da República e para cargos majoritários e todos os outros devem, sobretudo, basear-se em programas de governo, nas propostas e no conjunto das forças partidárias por detrás de tais candidaturas, suas ideologias e com muitos cuidados que, no Brasil, são, em extremo, determinantes: ‘preste atenção se o candidato tal é ateu’, ou ‘se candidato tal tem posturas contra as igrejas’, ou ‘se o candidato é contra a causa dos evangélicos’. É bom saber que a Constituição do país não dá a quem quer que seja o poder de limitar a liberdade religiosa de qualquer grupo, mas, na prática, não é assim que vemos. Somos em meio ao silêncio acintosamente discriminados e perseguidos nesta Nação.)
*Qual é a causa dos evangélicos? Em comum, não conheço uma. mas fica bem claro o interesse de sempre prejudicar candidatos que não são evangélicos.

IX. Sempre que um eleitor evangélico estiver diante de um impasse
do tipo: "o candidato evangélico é ótimo, mas seu partido não é o
que eu gosto", é compreensível que dê um "voto de confiança" a esse
irmão na fé, desde que ele tenha as qualificações para o cargo.
Entretanto, é de bom alvitre considerar que ninguém atua sozinho,
por melhor que seja o irmão, em questão, ele dificilmente
transcenderá a agremiação política de que é membro, ou as forças
políticas que o apóiem.  

(9. Sempre que um eleitor evangélico estiver diante de um impasse do tipo: "o candidato evangélico é ótimo, mas seu partido não é o que eu gosto", é compreensível que dê um "voto de confiança" a esse irmão na fé, desde que ele tenha as qualificações para o cargo. Entretanto, é muito bom considerar que ninguém atua sozinho, por melhor que seja o irmão em questão, ele terá grande desafio para transcender a agremiação política de que é membro, ou as forças políticas que o apóiem. Fiquem atentos às ideologias e não se percam nos bonitos discursos que geralmente eles nos enganam. Vejam a barca furada que nos metemos com esse governo atual que quer apoiar abortos e homossexualismo, verdadeiras abominações diante de Deus e da nossa fé.)
*Apenas um pequeno desabafo do vereador ao dizer-se do grupo Braga/Vanessa/Omar

X. Nenhum eleitor evangélico deve se sentir culpado por ter opinião
política diferente da de seu pastor ou líder espiritual
. O pastor deve
ser obedecido em tudo aquilo que ensina sobre a Palavra de Deus, de
acordo com ela. No entanto, no âmbito político-partidário, a opinião
do pastor deve ser ouvida apenas como a palavra de um cidadão,
e
não como uma profecia divina.

(10. Nesse processo de construção de valores políticos, devem ser observados os papéis com muita prudência. O pastor deve ser obedecido em tudo aquilo que ensina sobre a Palavra de Deus, de acordo com ela. No entanto, no âmbito político-partidário, a opinião do pastor deve ser ouvida como a palavra de um cidadão, e respeitada em concordância com a Palavra de Deus, sem nos esquecermos que esse sacerdote tem-nos acompanhado e aconselhado em todas as áreas da nossa vida e que Deus fala por ele. Mas é possível que você tenha opinião pública política diferente do seu pastor ou seus líderes espirituais. Saiba lidar com essa diferença sem ferir os princípios espirituais.)
*Qual o problema de um eleitor ter a opinião diferente de um líder espiritual? O princípio espiritual que ele fala é da obediência, da superioridade "hierárquica", da "honra". Infelizmente esse povo está perdido no rebanho.





sexta-feira, 8 de junho de 2012

A igreja sem portas e janelas

É uma igreja de Olinda, na comunidade de Vila Esperança, Pernambuco. Como cristão, fiquei muito alegre ao ver essa notícia há uns anos, e ao mesmo tempo decepcionado com a falta de sensibilidade de muitos, não todos claro, mas infelizmente esses muitos são maioria e são influentes em seus meios, uma pena, o que me faz pensar agora duas vezes antes de ficar calado e ouví-los.


"Paulo César era um jovem que na década de 90 sonhou, juntamente com alguns companheiros e irmãos de fé, em levar o evangelho de Cristo ao povo humilde e sofrido da Vila Esperança, periferia de Olinda. Inicialmente faziam apenas reuniões evangelísticas, mas aos poucos outras necessidades surgiram. O povo precisava de tudo. Muitos estavam famintos, outros tantos doentes, outros vivendo pesados dilemas e dramas psicológicos. Era preciso fazer algo mais do que estudos bíblicos e pregações. Apesar das limitações, Paulo e seus companheiros seguiram os passos de Jesus e se envolveram, movidos por compaixão, com os moradores da vila Esperança. 

Com os anos uma igreja Batista se formou ali. Adquiriram um terreno com o apoio da população local e começaram a construir o templo. Lançaram a fundação, levantaram as paredes e colocaram o telhado. Faltavam apenas as portas e janelas. Passaram a se reunir ali mesmo com a construção não concluída. Foi quando aconteceu algo que mudou radicalmente os rumos da Igreja Batista de Bultrins. Incomodados com a desafiadora mensagem do evangelho, seis irmãos se apresentaram à liderança como candidatos ao ministério – queriam estudar teologia. Mas a igreja não dispunha de recursos para este envio. Foi aí que tiveram de tomar a difícil decisão: ou enviavam os seis para o seminário ou colocavam as portas e janelas no prédio. A Assembléia optou pelo mais sensato, embora muitas vezes não seja entendido pela maioria de nós como o mais lógico: enviaram os vocacionados. Com esta atitude, sem perceberem, estavam delineando, esculpindo a visão ministerial daquela igreja. Ao privilegiarem pessoas ao invés de coisas definiam uma cultura que caracterizaria a comunidade. 


Foto tirada por Carlinhos Veiga em novembro de 2006

Anos se passaram e as portas e janelas nunca foram colocadas. Um novo conceito de igreja, e não só de templo, foi definido ali. Terminaram as instalações hidráulicas e elétricas, compraram cadeiras, instrumentos de som, mas nada de portas e janelas. Uma relação diferenciada foi estabelecida entre a igreja e os moradores da região. Com as portas abertas 24 horas, moradores de rua passaram a dormir no templo. Famílias de sem-teto agora tinham um canto para se abrigar do frio e das chuvas. Passaram a servir o sopão aos mais carentes nas noites de segunda-feira. Os garis que cuidavam da limpeza da região agora tinham uma sombra boa para o almoço e a rápida sesta. E assim a comunidade ao redor se abriu para a igreja porque a igreja se abriu, ou melhor, não se fechou, para a comunidade."